sábado, 9 de junho de 2012

Às sete horas;

De todos os fatos óbvios, o menor deles é explicitar as verdades sobre você. Eu invento CDs, diários, confessionários e botas de frio, meu arsenal em busca de ar. Sim, sobrevivo - mas sem grandes explosões. Diante do frio a gente poupa energia, mas poupa também devaneios que misturam vento quente no pé do ouvido, o gosto úmido da saliva evaporada saindo do lábio fervendo em chama. Contenho-me no sobretudo marrom, escondida sob todas as coisas que me fazem corar. Há de haver verdade nesse seu corpo silencioso, que me morde sem que você nem precise abrir a boca. PONTO. PARÁGRAGO. (Sete e meia). Há um lugar que é meu, poltrona preta de couro, onde eu sento e permito, sem restrições, que o jogo seja jogado. Do lado de dentro quente e frio são só o começo..