sábado, 18 de julho de 2009

... O corpo às vezes fala mais que a alma. Algumas vezes não se precisa da alma, só do corpo, do movimento, da coisa subentendida e exposta, do descaramento, da ingênua sensualidade que está vista em cada cruzar de pernas grossas. Nesses momentos, eu deixo que olhem, pois sei que estão olhando e pensando o mesmo que eu. Pouco importa. O que importa mesmo é o desejo contido que aflora a cada girar das cadeiras, a cada mão na cintura, a cada passo ritmado na dança que vai por toda a noite. Só digo que venha, e é mais que um pedido. Ele nao tem a coragem de não vir.
Agora mesmo, corre quase uma garrafa inteira em minhas veias - e o sacrificio que dificilmente tenho de fazer é o de sorrir pra todos eles que me convencem. A verdade é que nunca fui do tipo boa demais, mas aqui, especialmente, depois da terceira, tenho todo um reino. De onde ela vem? Que misterio há? E eu nao revelo nada! Esse é o tipo de jogo bom que me satisfaz, me cora as bochechas e me enche de uma malemolência gostosa, gostosa...
Fico até cansar, e depois disso, nada mais. Volto pra casa cantando, cambaleio entre os tapetes, puxo as cobertas e durmo um sonho em paz.

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