sábado, 20 de abril de 2013

Diariamente

Tenho pegado leve, meditado, nascido com o sol. Tenho experimentado deixar que entrem as coisas simplesmente pelas portas estarem abertas, e não pela necessidade impositiva de entrar. Tenho escrito pouco. Talvez por medo do que há em mim - vai saber. Leio. Tomo sundae de café da manhã. Faço anotações não pertinentes num caderninho que eu batizei de viagem. Fotografo crianças.  Ando mastigando suavemente a calma das escolhas adiadas, da inércia de não tomar nenhuma brusca decisão. Nesse exato momento existe absolutamente tudo, o depois só virará agora daqui a pouco, e quando ele chegar, eu vivo. Não faz diferença ter pressa.  Tomo banho de mar, saio com cheiro de cura. Talvez um dia o sentido simplesmente aconteça, se faça presente sem nem notar, beije doce a minha nuca e vá com o vento devanear para além. Essa é a minha busca do diariamente. Enquanto isso, deito na areia branca, deixo o sol acarinhar minha pele salgada, e me permito apenas ser.  

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