sábado, 30 de abril de 2011

Fettuccine ou talharim?



Têm dias na vida da gente que uma mosca ganha forma de elefante. Dias em que nem eu mesma sei que hormônios são esses que me regulam e fazem de mim um ser com limiar negativo para tolerabilidade. Perco quase a habilidade de conviver socialmente, e como um bebê com falta de ar, fico extremamente irritada. Nessas horas não sei mais o que é justo.



Há a privação de sono, o suor do dia anterior, o medo anterior ao fato, o fato que, por já ser fato não deveria despertar tantas rugas novas. Eu envelheço em mim cada vez que não suporto lidar com as coisinhas bobas do dia-a-dia. Quero talharim, fettuccine, não!



Pouco me importa se são a mesma coisa! Se há um quê irracional na minha angústia em forma de ranger os dentes, devo isso à forma demasiadamente humana de ser, à qual tenho me descoberto – demasiadamente, irritantemente, relutantemente – vulnerável.



Paciência.



Peço desculpas de antemão para aqueles que com sorrisos quiserem semear suas gracinhas pelo mundo. Sorry, hoje não tou pra macarrão.





Spolleto, 12/04.




Nenhum comentário:

Postar um comentário