Não sei se por cansaço ou sorte, tenho difiuldade em me impressionar com as coisas ditas impressionáveis. Eu, figurinha clichê cheirando a meia idade. Impressionante mesmo é quando se está em absoluto silêncio e algo te faz sentir. Sejam 324 metros ou 1,57. Tanto faz. A verdade é que enigmaticamente sonhos se constroem e desabam diariamente, e eu os vejo ser como se sentada na calçada da porta de casa à espera do vento que tarda em passar. O meu mundo gira em torno de um grande vazio, órbita de lugar nenhum. Sou mar de desassossego, e enquanto penso sobre o nada, deixo-me banhar da dúvida sobre o que realmente importa. Nunca há de ter fim.
Esses dias aprendi a admirar copos de leite num arranjo só, porque nem todas as primaveras são feitas de lírios.
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