segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Olha


Onde é que estava com a cabeça? Será que a resposta é tão absurdamente óbvia que eu não consigo decifrar? Preciso de um pouco mais de loucura, de alho, sal grosso, pimenta. Não combina comigo essa coisa cheia de açúcar, eu já devia ter previsto.
Preciso rever historias antigas em camisetas salmão. Histórias assim, de corredor. Chamadas não identificadas, não esperadas, não desejadas. Tudo mentira. Eu posso até pensar em atender, mas não quero me curar de nada disso. Quero jogar pela janela. Não há normal. O pingo, a gota, a pitada mínima de qualquer coisa. Uma promessa disfarçada de sorriso, um sorriso que não estava na boca, estava na cabeça, na mente acelerada, que piscava ritmada aproveitando a bola no teto cheia de espelhinhos pequenos. Se eu posso pensar, prefiro fechar os olhos e pensar inteiro. Com cheiro, som, toque, arrepio, e sorriso. Um sorriso outro.
Eu juro que acho natural, sem dedos cruzados, sem necessidade de graça. Teimosio ainda porque não tenho mais o que fazer, sou desse jeito mesmo, metida ao avesso, a ser do contra, contra a corrente, contra a ordem explícita dos fatos. Não gosto de enxergar, porque os olhos fechados me enchem do que quer que seja, do que quer que eu queira. Pra que ver?

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