segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Nagô

Aquele cafuné no cangote, pescocinho nu, toda baianidade nagô. Menina cheia de má intenção, mi, fá, sol e toda cantoria cheia de prosa encantada. Nessas horas, ela bem sabe se fazer mulher, sabe deixar-se despida no ponto certo de se deixar despir. Morde um pedaço da boca, puxa pra si como se ali qualquer pedaço fosse só seu. Provocação deliciosa, de quem tem ciência de todas as coisas. Corpo que pede com dengo, um cheiro aqui, outro cheiro ali, um beijo longo, e o resto mais. Corpo  febril. Pede porque quer, porque pode pedir, banhada da lua que lhe dá todo direito de sentir. Fogosa. Preta com gosto de mar. Nessa noite ela quer amar de janelas abertas, engolida pela noite que não tem hora pra acabar...  

Nenhum comentário:

Postar um comentário