domingo, 24 de maio de 2009

"Cabelo cresce"

Cortei o cabelo e chorei arrependida. O que isso fala sobre mim? Não sei se é dificuldade de deixar as coisas irem, não sei se é uma relutância às mudanças quase bruscas demais, não sei se simplesmente eu não gostei, ficou feio mesmo e eu tenho motivos justos pra ter me arrependido. Odeio assumidamente cabeleleiros. Eles e suas tesouras cortantes, mutiladoras, que se pudessem, deixavam todas as mulheres carecas! Eles chegam com um ar disfarçado, são gentis e engraçados, e eu quase me convenço. Mas eu sempre desconfiei que, lá no fundo, deve haver um quê involuntário de confabulação e complô que misteriosamente guia as suas habilidosas mãos ao (nosso) desastre total. E é tão rápido que num piscar de olhos, aquilo que demorou anos e anos para estar ali, já era! Simples assim! Sem nenhum alarde, sem nem sequer uma preparação. Completamente indolor (pelo menos momentaneamente).
O meu cabeleleiro foi um amorzinho como sempre, me fez até sorrir. Falávamos do programa de um tal de Netinho na TV, do telefone que não parava de tocar, de como a minha casa ficava perto do salão. Distraída, quando fui ver, já estava sem uma das metades mais importantes de parte de mim!!! (Muito malandro.. tsc tsc)
Agora estou tentando manter a calma e olhar o lado positivo dos fatos, porque meu pai insiste em me dizer que eu tenho que aprender a fazer isso para ser feliz. Óbvio, ele não tinha cabelos grandes! Acho que mais que olhar o lado positivo, agora eu tenho é que me acostumar com essa “nova” eu... (Se pelo menos o cabelo fora tivesse levado uma listinha de outras coisas com ele... Mas levou, não. E, não satisfeito, ainda me deixou nessa aflição de passar o pente e sentir que falta algo.)
Odeio cabeleleiros (já disse isso?).

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