sábado, 16 de maio de 2009

Sensação














Sou baiana. Tenho 21 anos e um milhão de sonhos. Nasci de pais que se conheceram no Carnaval, e que são meu maior exemplo de vida, de amor, de força e coragem. Aliás, tenho que dizer, não sou corajosa, apesar de todo mundo teimar que eu sou. Como também não sou bem resolvida, nem madura, nem nada. Eu sou uma criança, e não me incomodo com o fato de não ter crescido ainda. Eu tou buscando uma coisa que nem eu sei explicar ao certo o que é, mas que se tivesse um nome, o mais próximo seria... Liberdade!

Atualmente eu vivo em São Paulo, e vou ficar aqui por mais uns anos. Só mais uns. Eu moro só, com um jacaré de pelúcia que ocupa a minha cama inteira, e agora uma vaca branca, azul e preta, que, inclusive, namora a vaca branca, rosa e preta de uma amiga minha. A gente comprou elas juntas, numa viagem que a gente fez com mais outras duas amigas (uma viagem que, de tão perfeita, até agora não me parece real.) Pensar naqueles dias me faz rir. E rir é uma das coisas que eu mais amo na vida! Um dia desses, eu ri no meio de uma aula de Genética, porque lembrei de um momento especial, e foi uma delícia ter esses segundinhos só meus... Adoro quando o acaso me surpreende com uma recordação boa no meio de um dia chato.

Recentemente eu descobri que gosto de fotografia, que amo preto-e-branco, mas que, definitivamente, não sirvo para fazer poses. Se pudesse, teria mais paredes em casa, para colocar mais quadros, mais colorido! Um dia ainda aprendo a usar esse monte de cores, ainda aprendo a transforma-las em sentimento... Ou vice-versa. Desde pequena eu fiz trocentos mil cursos pra ver se desenvolvia meu lado artístico, criativo: aulas de teclado, de costura, de bordado, de violão, de ballet, de canto, de desenho, etc – não adiantou muito, porque o que eu sei fazer bem mesmo é dormir!

Não gosto de hospital, nem de sofrimento, nem de dor – mas não me enxergo trabalhando com outra coisa na vida, senão com essas pessoas que precisam, acima de tudo, de amor. Um amigo me perguntou uma vez como seria o mundo perfeito pra mim, e foi bem difícil descrever... Só sei que certamente todas as pessoas, invariavelmente, teriam oportunidade de ser o que quisessem. É engraçado, porque até eu mesma, hoje, estou bem longe de saber ao certo o que eu quero ser (quando crescer) - mas eu fantasio, sim, uma penca de filhos correndo para o mar num dia de sol. E uma casa com muito verde, e beija-flor indo beber água no quintal, e vento balançando a cortina estampada da janela. Como imagino tudo com som, com trilha sonora, com ritmo, com um tom único e especial. Aliás, tenho escutado uma música ultimamente que tem me feito desejar um algo novo, indescritível, inexplicável, mas que eu quero, e muito. Chama “Sensação”.

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